terça-feira, 16 de novembro de 2010

Rebelde com causa

Uma tarde assim, sem nada de mais.Sem nenhum assunto relevante que explique a união.Somente as 5, por momentos, e todos se tornarão eternos em minha memória.Apesar da falta, fico feliz por tudo.E feliz por acabar, no entanto sem acabar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

este é só o começo,do fim de nossas vidas

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. "


(Antoine de Saint-Exupéry)

Porcaria ,de pensamentos...vira narração em aula .

Ela caminhava a beira da praia, o sal temperava as feridas dos pés, mas ela não sentia dor, estava extasiada, podia dizer-se feliz, o sol incidia diretamente à sua face, como que para propositalmente queimar todo o resto de verdade que insistia em manter em sua vida. Resolveu correr,pois gostava de sentir seus dreads balançarem com vento -afinal essa foi a única mudança de que não se arrependeu,os belos cabelos,só que isso agora não era mais tão importante já que perdera tudo,na verdade nunca foi – e consequentemente se molhou,a água lavou-lhe o sangue que escorria.Como um átimo o mundo silenciou,ela caiu,havia perdido suas forças.O silencio permaneceu,ela havia adormecido.
Não queria acordar; no entanto a maré fria, devido ao anoitecer, a despertou. O frio se apresentou imediatamente, ela olhou ao redor e observou o deserto, a luz do poste se confundia com a da lua, não havia carros ou pessoas, somente ela e a infinidade marítima. Já não estava mais feliz, os machucados doíam, não conseguia caminhar. Entre 20 horas que esteve foragida,este foi o primeiro momento que sentiu saudade,da companhia,do plural,do calor e do cuidado –ela os desejou tanto naquele instante – que a ambos faltava naquela noite.
 Ela, que sempre quis ter uma curta existência, ao modo de Vinicius, e de seu maior ídolo: Cazuza. E ele, repleto de sonhos planejados para a velhice. Os planos se inverteram na realidade,ele se foi,teve uma pequena passagem,e ela teria que viver até os últimos anos,até a velhice. Ela só conseguia ouvir o tiro disparado, o grito de Fernando que ecoava por todos os cantos: ’Manuela’.
Ela o procurava, buscava sua voz, buscava salva-lo, ele que a alertava todos os dias foi a primeira vitima daquele vicio. A droga a estava matando aos poucos, entretanto o matou instantaneamente, rápido, bastou um segundo: eles corriam ele estava com o motivo que o levaram até ali, a substancia que os acalmaria dali a um quarteirão. Todavia, ela caiu, os donos da cocaína vinham logo atrás. Fernando parou se virou, voltaria? É claro, não fosse a bala que lhe ultrapassou a testa. Manu se pôs a correr, até chegar à praia.
Talvez, se o tivesse escutado, ou a menos deixado permanecer em casa, afinal de contas, ele era ser irmão mais novo; ela é quem deveria ser o exemplo. Não obstante,Fe e Manu,sempre se acostumaram a ter tudo e por isso lhes foi tirado tudo.Se iniciou em uma mentira,de leve, um trabalho na escola,foi o que ambos afirmaram à mãe,.
Manuela não suportaria voltar à vida, realmente não pretendia chegar à velhice. Sorriu,na verdade ela nunca foi uma boa pessoa,sua mentira a levou a loucura, ela só queria poupar o mundo.Sorriu, se arrastou ao mar,o mundo silenciou novamente,e como era terno este silencio,perpetuo.
No noticiário do dia seguinte o caos. A culpa sobrecai aos traficantes, mataram dois jovens ricos, bala perdida?Sequestro? Fernando recebeu um belo enterro, se é que isso pode ser uma vantagem, Manuela nunca foi encontrada.