quinta-feira, 6 de junho de 2013

Tá assim.

é que vem esse aperto, de saudade, no peito. De vontade de você, que aumenta sempre, e hoje aumentou mais, porque no meu sonho tava tão bom, a gente juntas. E é por isso que eu gosto da noite, é nela que eu posso te ter. Eu vou caminhando, pelo caminho de cá, tentando achar aquele que vá nos colocar tão perto quanto foi, por mais tempo, porque o que passou deixou esse sentimento, de o coração crescer e a mente ficar lembrando, e ficar querendo e procurando, aquele sorriso e aquele abraço, aquele beijo. Aquele abraço final, foi o momento que eu senti que meus braços te queriam roubar, e tudo o que estava dentro de mim se esvaiu quando a vi caminhar na direção oposta a que eu precisava ir. Ao me virar, as lagrimas me fizeram querer voltar, mas meu corpo me fez retornar ao caminho de volta. E eu nem sei, mas parece tanto, que eu só sorrio ao ouvir sua voz, que nem boba apaixonada, e fico feliz ao te ver no fim do dia. Estando em outros cantos, queria estar sempre em cantos iguais. E pra essa saudade, eu quero te ver logo, onde for, pra felicidade voltar. E pra todo esse desejo, essa vontade de beijo, de abraço, cafuné, sorriso, do doce, de querer te cuidar quando tá com um febre, ou uma dorzinha qualquer, ou um sono, ou uma vontade de só estar, pra gente esgotar, e se querer, e ter seu xero. Eu fico assim, sem jeito andando pelas ruas, cantando qualquer coisa, que é pra ver se diminui, que é pra ver se quem sabe assim, você não vem, você não fica, ou eu não vou, e o mundo para por um tempinho, tempo bom, de se curtir, e da menina, bordada de flor, aquela que 'meus olhos vão com ela, o meu pensamento é nela, e o coração ela ganhou'. E mesmo que triste, que a saudade esteja enorme, que a vontade de te ver e te cheirar, te beijar, eu espero, o momento de te rever e poder te ter comigo, que seja breve.

sábado, 24 de novembro de 2012

Confusão.

Porque precisamos de estudar para saber como agir em tudo. É preciso conhecer a situação para definir como iremos atuar. Isso eu digo em todas as partes. E quando eu me pego analisando o porque gosto de tal coisa, pela ótica dos issues ou pelo bem estar gerado me questiono se o caminho certo foi traçado. Na verdade, todos sabemos que o caminho está acontecendo e vamos fazendo as curvas com o tempo. No entanto se o tempo não se organiza como eu quero, não há uma forma de alterar prioridades, estas são colocadas a medida que a realidade se apresenta. Para tanto, temo. Temo que talvez esse não seja o meu espaço, por falta de articulação. Sei que o pensamento voa, sempre voou, e que os espaços devem ser ocupados, que a luta deve acontecer, só que talvez eu tenha apenas que ajudar a quem ainda não encontrou seu universo. Neste mundo a vida segue, e tudo deve prosseguir, nunca haverá o correto, não, a perfeição. Só sei que gosto de descrever e analisar, sem concluir coisa alguma. Eu observo. E devemos fazer valer, o momento agora! Porque o que vivemos será resultado e construção. Quando acabar, tudo vai ser, de algum modo, parte do que nos tornamos. E se um cd pertence ao que se uniu, é isso que é. Gosto também de descrever e usar as palavras para misturar os desejos. Sei que o mundo precisa de muita coisa, e por isso, tem muita gente pra fazer a mudança. Talvez as vezes, eu me pego pensando que é bonito esse pensamento universalizado, e as varias lutas que compõe um campo extenso levam  a caminhos pararelos.

" Descanse um pouco e amanheça aqui comigo, sou seu amigo, você vai ver"

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que eu também não entendo.

Penso que me veio agora uma percepção de que a cachaça pode ajudar a curar essa tal de dor aqui, que acabei de caracterizar como medo. Só não tenho a certeza de nenhuma das coisas: o que é e o que pode fazer acabar. Talvez também seja a outra caracterização: tpm. Contudo não há como saber das coisas, o que resta é tentar estudar pra achar um meio de acertar as verdades ou mentiras. Confesso que reparei a falta que a música me faz e realmente pretendo adquirir um aparelho pra suprir essa necessidade. E a ideia que me surgiu de um projeto que vai levar felicidade de uma forma simples pode ser aprofundada, assim como também a ideia de que devo buscar outros meios ou me definir nestes que já atuo para provocar a mudança nesse mundo agora. Agora que voltei. Em pouco tempo é só acertar essas coisas que estão apertando o coração, vou busca-las deixar na leitura de algum livro que espero encontrar o titulo essa noite, pra amanhã acordar gostosa a sensação de que apareceu uma solução.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Across the universe

Venho me fazendo tantos questionamentos. Estes tratam de organização mental e de espaço de tempo e prioridades. No entanto, eu me vejo em tais analises de formas diferenciadas. Afinal, são tantos futuros que podem vir à acontecer, e do mesmo modo tantos presentes que devo escolher como que já no passado. Crescer demanda responsabilidades, mudar algo pede legitimidade para assumir qualquer forma de atuação nessa mudança. Portanto um momento de reflexão como tantos iniciados - como este - voltado para a abusca de soluções e inovação é fator importante na tomada de decisões. A busca de fonte teórica para embasar uma defesa argumentativa é essencial, da mesma forma tende-se a replicar nas defesas da vida. Não entendi bem o que quis fazer agora, talvez só uma fuga rápida dos estudos mesmo. Me lembrei de um espaço como este para aprofundar. O que não gerou os resultados esperados.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Drummond sobre Chico Buarque - no livro de Wagner Homem '

O jeito, no momento, é ver a banda passar, cantando coisas de amor. Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.
A ordem, meus manos e desconhecidos meus, é abrir a janela, abrir não, escancará-la, é subir ao terraço como fez o velho que era fraco mas subiu assim mesmo, é correr à rua no rastro da meninada, e ver e ouvir a banda que passa. Viva a música, viva o sopro de amor que a música e banda vem trazendo, Chico Buarque de Hollanda à frente, e que restaura em nós hipotecados palácios em ruínas, jardins pisoteados, cisternas secas, compensando-nos da confiança perdida nos homens e suas promessas, da perda dos sonhos que o desamor puiu e fixou, e que são agora como o paletó roído de traça, a pele escarificada de onde fugiu a beleza, o pó no ar, na falta de ar.

A felicidade geral com que foi recebida essa banda tão simples, tão brasileira e tão antiga na sua tradição lírica, que um rapaz de pouco mais de vinte anos botou na rua, alvoroçando novos e velhos, dá bem a idéia de como andávamos precisando de amor. Pois a banda não vem entoando marchas militares, dobrados de guerra. Não convida a matar o inimigo, ela não tem inimigos, nem a festejar com uma pirâmide de camélias e discursos as conquistas da violência. Esta banda é de amor, prefere rasgar corações, na receita do sábio maestro Anacleto Medeiros, fazendo penetrar neles o fogo que arde sem se ver, o contentamento descontente, a dor que desatina sem doer, abrindo a ferida que dói e não se sente, como explicou um velho e imortal especialista português nessas matérias cordiais.

Meu partido está tomado. Não da ARENA nem do MDB, sou desse partido congregacional e superior às classificações de emergência, que encontra na banda o remédio, a angra, o roteiro, a solução. Ele não obedece a cálculos da conveniência momentânea, não admite cassações nem acomodações para evitá-las, e principalmente não é um partido, mas o desejo, a vontade de compreender pelo amor, e de amar pela compreensão.

Se uma banda sozinha faz a cidade toda se enfeitar e provoca até o aparecimento da lua cheia no céu confuso e soturno, crivado de signos ameaçadores, é porque há uma beleza generosa e solidária na banda, há uma indicação clara para todos os que têm responsabilidade de mandar e os que são mandados, os que estão contando dinheiro e os que não o têm para contar e muito menos para gastar, os espertos e os zangados, os vingadores e os ressentidos, os ambiciosos e todos, mas todos os etcéteras que eu poderia alinhar aqui se dispusesse da página inteira. Coisas de amor são finezas que se oferecem a qualquer um que saiba cultivá-las, distribuí-las, começando por querer que elas floresçam. E não se limitam ao jardinzinho particular de afetos que cobre a área de nossa vida particular: abrange terreno infinito, nas relações humanas, no país como entidade social carente de amor, no universo-mundo onde a voz do Papa soa como uma trompa longínqua, chamando o velho fraco, a mocinha feia, o homem sério, o faroleiro... todos que viram a banda passar, e por uns minutos se sentiram melhores. E se o que era doce acabou, depois que a banda passou, que venha outra banda, Chico, e que nunca uma banda como essa deixe de musicalizar a alma da gente.



Carlos Drummond de Andrade Correio da Manhã, 14/10/66

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Reencontro.

Eu perdi. Não tenho mais inspiração para escrever, vontade de mudar algo, e me vejo no espelho meio embaçada como se aquela que era eu há um ano tivesse ficado no sofá e se encantou com um novo seriado eterno. Porque fugiram- me principalmente as palavras e acabei me deixando no mundo, o qual eu temo. Alem das pessoas que me influenciam de um modo diferenciado do antigo, estou agora retraída e não mais tímida. Me tornei egoista, perdi o tom. Não exercito a mente muito menos o corpo, preciso de uma injeção pra reaver meu animo. Mas me sinto como se não tivesse condição de adquiri- la. Já sei, tive uma linda ideia neste momento, devo me encontrar, com certeza. Já havia tentado obter este encontro antes, mas eu não estava presente. Vou lá, será agora. Somente eu. E a partir de então tudo vai voltar como antes, só que atualmente, um pouco atualizado. Vou me esquecer dos anseios e correr até cair, preciso escutar minhas músicas, quem sabe da vida, andar de bicicleta, ser um pouco menos racional e mais séria. Reler meus textos antigos, muda-los e renovar, ler um pouco e talvez fugir uns tempos, algumas horas de conversa na rua, mesmo que silenciosas, me farão bem. E então pra finalizar vou me lembrar exatamente de como tudo era, e como imaginava que iria ficar. Farei os planos novamente com grande flexibilidade pois agora eu sei que tudo muda, e meu resgate estará completo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Renato, um dia perfeito.

Quase morri
Há menos de trinta e duas horas atrás
Hoje a gente fica na varanda
Um dia perfeito com as crianças.
São as pequenas coisas que valem mais
É tão bom estarmos juntosTão simples: um dia perfeito
Corre, corre, corre
Que vai chover!
Olha a chuva!
Não vou me deixar embrutecer
Eu acredito nos meus ideais
Podem até maltratar meu coração
Que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar!